quinta-feira, 31 de maio de 2007

Tão perto, tão longe...

Se estendesse a minha trémula mão,
Poderia sentir a suave pela da perfeição.
Num pequeno passo dos meus,
Poderias estar frente a frente com a ilusão.
Se abrisse a minha boca e sussurrasse,
Mesmo assim, o intocável ouvir-me-ia.

Perfeição tão perfeita
Que fere os meus imperfeitos olhos!
Ilusão tão real
Que me é possível, mas proibido tocar-lhe!
Tão intocável, meu Deus,
Que o vento pára de soprar quando ele passa!

Escorrem lágrimas dos meus olhos,
Lágrimas que julgava extintas!
Nos meus lábios, um sorriso verdadeiro,
Tão verdadeiro que julgava impossível!
O coração bate com força,
Tanta força que poderia arrancar-mo do peito!

O destino não teria força alguma,
Se ele, um dia, me aceitasse!
Nada no mundo me impediria,
Se ele, num momento, me quisesse!
Lágrima nenhuma sobraria em mim,
Se ele, por uma vez, me sorrisse!

Estou viva, mas sem coração,
Porque lho oferecia há muito!
Estou rodeada de gente, mas só,
Porque ele não está presente!
Choro intensamente, mas sorrio,
Porque ele faz parte de mim...!

Um comentário:

Alice Matos disse...

São os contrastes do amor... velhas como o tempo... Cada amor é único e parece a quem o sente o âmago do universo.
O meu amor pela minha alma gémea é o meu próprio mundo... Ainda que haja outros humanos amores... este a todos supera...

Don't you leave me, please...
Kisses...