quinta-feira, 31 de maio de 2007

Distância

Aqui estou eu...
Perdida no tempo infinito
No puzzle da vida
Em que faltam peças,
Deixando-me incompleta...
Acordo de manhã
E derramo lágrimas
De lamentos secretos,
Por toda a noite
Não ter passado de um sonho...
A cabeça pende e eu,
Sem forças para erguê-la,
Mantenho-me no chão,
Caída, longe de tudo e todos,
Esquecida de mim mesma...
Lá estás tu...
Escondido de mim, do outro lado
Da muralha invisível
Da nossa vida. O tempo passa
E não sei como aproximar-me...
Sinto-me só, preciso de ti!
Tu não... nem me conheces...
Posso ver-te, mas nunca olharás para mim!
Um dia, hei-de gritar por ti,
E tu não saberás sequer o meu nome!
Dor, sofrimento, solidão,
Silêncio, segredo, incerteza,
Aperto no peito, é o que sinto
Quando acordo e não estás comigo.
E... acho... que é o que sentirei para sempre...!

Um comentário:

Alice Matos disse...

Parei no tempo para reflectir nestas tuas palavras e fiquei sem fôlego...
Como te entendo...
Quando tiveres um tempinho... lê, de novo teu poema... da minha perspectiva...
Beijinhos saídos do forno...