quinta-feira, 31 de maio de 2007

Eu sou...

Sou cativa cuja alma
Voa sem cessar, e... assim...
Sou livre!
Sou a sereia que mergulha
E se afoga em ti!
Sou predador que de ti
Se alimenta para viver,
Mas presa que expira
Ao desejo dos teus lábios!
Sou autor da melodia dos sonhos,
Mas preciso de ser a harpa
Que canta ao toque dos teus dedos!
Sou a lágrima, a raiva, o sofrimento
Que vibra a cada sorriso teu,
Cada alegria, cada vitória!
Sou a voz que te chama,
Que grita o teu nome
Na escura noite em que assombras
O meu sono!
Sou a bruxa que chora
No silêncio da escuridão,
A fada que vela por ti
E te protege do mal!
Sou um sapo encantado
Que espera o teu amo,
O tesouro que não desenterraste!
Sou o sol que te guia
E que cega os que estão contra ti!
Sou a fé que, paciente,
Espera que chegues,
E a certeza de que não virás!
Sou no teu dia, a tua flor,
E, na noite, a Lua que te ilumina
Para não tropeçares!
Sou... Sim, sou... mas eu sonhos!
Sim... eu sei que sou!
Sou a sonhadora que humilhas,
Que desprezas, que ignoras!
Sou aquela que, para ti,
Não passa de uma poetisa...
Uma sereia que tenta seduzir-te
Pelo som da sua voz!
Mas sou... sim, sou!
Em sonhos ou não, eu sinto que sou...
Aquela que ri, aquela que chora,
Aquela que grita, aquela que ama!
Pecado meu, que me seduzes!
Sou quem vive em medo,
Quem vive em mágoa!
Sou um número, um pássaro que voa
Sem saber para onde!
Não importa, sou!
Deixa-me ser isso mesmo!
Permite-me acreditar que,
Agora e aqui, com ou sem ti...
Eu amo, eu existo... eu sou!

Um comentário:

Alice Matos disse...

"Não importa, sou!
Deixa-me ser isso mesmo!
Permite-me acreditar que,
Agora e aqui, com ou sem ti...
Eu amo, eu existo... eu sou!"

É esse o espírito... és o que és... e fora dessa esfera tudo é nada!...

Ninguém ama em vão!

Beijos carinhosos...