Pecado Imperdoável

Não sei o que sentir...
É ridículo querer chorar!
Sou incapaz de sorrir,
Mas não te posso culpar!

Se assim pudesse ser,
Poderia repousar,
Acreditar culpa não ter
Pelo que estou a passar...

Não faz sentido sofrer tanto
E querer-te ao meu lado
Sem poderes saber o quanto!
Ai, que triste o meu fado...!

Que imperdoável o meu pecado...!

Adeus... (o fim da história)

Eu tentei estar preparada
Para viver este momento
Eu quis ser corajosa,
Nao pensar em sofrimento.

Mas agora, que acabou
A esperança que eu tinha,
Vai-se já a Primavera...
Leva com ela a andorinha.

Esqueci-me de que eu podia
Perder-te nesta passagem.
E o que considerei real
Mostrou-se, então, uma miragem.

E, assim, seguir em frente
Mostra-se mais complicado.
Sou obrigada a esconder...
Esquecer-me de ter-te amado.

O sonho de viver...

Eis que tento dizer adeus,
Levantar a cabeça, sorrir…
Enfim… seguir em frente!
Olhar para a manhã,
Esquecer o sol poente
Que, brilhante, quente,
Me parece o destino
Que devia escolher.

Tenho tentado dar um passo,
Olhando ainda mais longe
Do que os meus horizontes!
Confiar nos ventos,
Subir, descer os montes
E beber das fontes
Que possuem o brilho
De uma vida feliz.

Mas sei que estou presa
E que ao meu mundo
Vejo através da janela
(Não… muito pior!
Talvez numa tela!)
E sei que, ao apagar a vela,
Apago para sempre
O sonho de viver.