Eu sou uma intrusa na vida,
A mais pequena unidade de medida.
Sou a que vive por viver,
Aquela que chora sem se ver.
Eu sou a lágrima de um olhar,
A mágoa do verbo amar.
Sou a que luta e nunca vence,
A palavra suplicante de uma prece.
Eu sou quem ama sem ser amada,
Mais um sinónimo de "nada".
Sou quem sorri só com a boca,
Quem se finge surda e faz de louca.
Eu sou o vento que voa sem destino,
O choro nos olhos de um menino.
Eu sou segredo que ninguém conhece,
Tormento que ninguém merece.
Sou dor de chama que flameja
E se abafa para que ninguém a veja.
Eu sou alma velha, nua,
Sombra que, à noite, cobre a Lua.
Sou quem te quer com pouca sorte,
E ainda mais te amará depois da morte...
Pelos pinhais da minha aldeia
Há 5 anos
2 comentários:
"Eu sou quem ama sem ser amada,
Mais um sinónimo de "nada".
Sou quem sorri só com a boca,
Quem se finge surda e faz de louca."
Lindas palavras, meu amor... sentimento profundo... só uma pessoa tão bela como tu pode sentir TANTO!
Beijinhos, Glassy...
O poema vencedor :)
Coleguinha, foi merecido! Agora é a altura de te valorizares a ti mesma. Tens futuro nesta área... Não desperdices o teu dom.
Beijinho grande.
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